Vitor Brauer é um compositor, músico, jogador, produtor e escritor mineiro de Governador Valadares com mais de vinte discos lançados. Sua pequena fama, ou infâmia, foi construída nas veredas do underground e do Brasil profundo, produzindo discos e turnês na raça e na coragem com artistas de todo o país. Seus trabalhos são às vezes desafiadores, às vezes vanguardistas e às vezes simplesmente "música popular". Seu estilo é uma quimera que propõe uma forma de pensar música brasileira sem barreiras e sem respeito a qualquer estilo ou referência. Suas composições e seus grupos são considerados imperfeitos, dissonantes, viscerais e versáteis. Sua banda Lupe De Lupe é uma das mais proeminentes do rock alternativo, apesar de brincar com todos os gêneros possíveis. Lencinho é seu grupo de pagode. Desgraça é um experimento com o funk, o punk e a música brega. Tristeza Não Tem Fim é considerada ambient samba. Ginge, uma banda de pop rock. A superbanda Xoo foge de definições. Isso sem nem citar a vasta carreira solo do artista do interior mineiro que passa pelo spoken word, pelo uk garage (ou br garage), pelo heavy metal, a mpb, o folk norte-americano, etc. Vitor Brauer influencia, pro bem e pro mal, artistas e produtores independentes do todos os lugares com sua produção intensa, letras profundas e canto desafinado. O resultado mais óbvio disso talvez esteja no movimento Geração Perdida de Minas Gerais, o qual foi um dos idealistas, ou no Tréinquinumpára, projeto de uma década em que Vitor irá gravar um disco em cada capital do país numa residência artística de 3 meses com artistas locais.